Todos os anos no dia 15 de Abril, o mundo comemora o dia do desenhista. Mais do que uma forma de reconhecer a grandeza desse artista, o Dia do Desenhista propõe que repensemos a verdadeira importância dos desenhos na vida de todos nós, e que nos acompanha desde pequenos.
Quando criança, achava que os desenhos saíam de dentro do lápis, como uma varinha de condão, daquelas que só os mágicos, fadas e bruxos possuem.
Meu primeiro desenho foi um detetive de cabeça redonda e que ninguém entendia. Muitos anos depois, descobri que não tinha sido a única criança a desenhar figuras que gente grande não entende. Em o Pequeno Príncipe, o autor Antonie de Saint-Exupéry, nos ensina que desenhos também são palavras, mensagens que devem ser "lidas", percebidas em seu conteúdo. Na verdade, os desenhos são, literalmente, figuras de linguagem, códigos que registram e perpetuam conhecimentos através dos tempos.
Desde inscrições pré-históricas nas paredes das cavernas, passando pelos hieróglifos egípcios, até os ícones na internet, podemos perceber a importância dos desenhos em suas mais diversas finalidades, seja na sua função de entreter, como nos gibis, livros e desenhos animados ou de educar, como nos livros didáticos.
Alguém pode imaginar o caos no trânsito de uma grande cidade sem as placas de sinalização?
Os desenhos são uma das linguagens mais importantes da humanidade, rica expressão sustentada pela grandeza de artistas como Leonardo Da Vinci e Portinari.
E quem é que não se comove com aquele desenho feito com tanta ingenuidade por uma criança?
Pena que depois que crescemos e viramos gente grande encontramos dificuldades em enxergar um carneiro dentro da caixa, como o Pequeno Príncipe. Afinal os desenhos não saem de dentro do lápis e sim de dentro do coração e só com o coração podem ser vistos e apreciados de verdade. Portanto o desenho é a alma do desenhista, que toma forma ao discorrer o lápis sobre a folha de papel.
Fonte: Editora do Brasil
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